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Estudo revela pulsos de calor que estão dividindo lentamente o continente africano

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 16 de out.
  • 1 min de leitura
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Pesquisadores internacionais descobriram que o calor vindo das profundezas da Terra está provocando movimentos cíclicos que esticam o solo no leste africano, na região de Afar, nordeste da Etiópia. O estudo, publicado na revista Nature Geoscience, aponta que o fluxo do manto terrestre ocorre em “pulsos rítmicos”, comparáveis aos batimentos de um coração, e que controlam a abertura gradual do continente.


A área estudada é o ponto de encontro de três grandes fendas da crosta terrestre — o Rifte da África Oriental, o do Mar Vermelho e o do Golfo de Áden —, onde as placas tectônicas se afastam lentamente. Esses movimentos, segundo os cientistas, criam rachaduras de quilômetros de extensão e explicam por que a separação do continente ocorre em ritmos diferentes.


A equipe analisou mais de 130 amostras de rochas vulcânicas e identificou uma pluma de material quente subindo do interior da Terra. Essa massa apresenta faixas químicas que se repetem como “códigos de barras”, indicando pulsos de calor semelhantes ao fluxo sanguíneo no corpo humano, conforme explicou o professor Tom Gernon, coautor do estudo.


Embora o processo seja extremamente lento, podendo levar milhões de anos até a formação de um novo oceano, os cientistas afirmam que compreender essa dinâmica é essencial para entender como oceanos como o Atlântico surgiram há centenas de milhões de anos a partir da fragmentação de antigos supercontinentes.

 
 
 

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