Do posto aos bares: como metanol foi parar em bebidas em SP
- Redação

- 20 de out.
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O esquema que levou metanol até bares e adegas paulistas partia de dois postos de combustível no ABC Paulista, onde o etanol já chegava adulterado. De lá, o produto era levado para uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, fechada no dia 10 deste mês, onde era misturado e envasado como vodca, gin e outras bebidas destiladas.
A organização era comandada por Vanessa Maria da Silva, presa na semana passada, com apoio do ex-marido, do pai e do cunhado. Eles atuavam desde a mistura até a distribuição. Segundo a Polícia Civil, as garrafas usadas na falsificação vinham de um depósito localizado em frente a um dos postos suspeitos, o que facilitava a logística criminosa.
Até agora, seis pessoas morreram por ingestão das bebidas contaminadas, e outros 38 casos de intoxicação foram confirmados no estado.Exames laboratoriais detectaram metanol acima de 40% nas amostras coletadas, nível considerado extremamente tóxico. Para comparação, concentrações acima de 0,1% já são nocivas ao organismo.
As bebidas adulteradas foram distribuídas para bares de diversas regiões da capital, incluindo Mooca e Zona Sul. A polícia investiga também o caminho do metanol, que pode ter origem em desvios de importadoras e usinas, segundo a PF e a Receita Federal. A investigação segue em andamento.

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