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Disputa por divisa coloca paraíso turístico no centro de impasse entre Goiás e Tocantins

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • há 5 dias
  • 1 min de leitura
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Um erro cartográfico registrado em um mapa do Exército, produzido em 1977, reacendeu uma disputa territorial entre Goiás e Tocantins e colocou o Complexo do Prata, na região da Chapada dos Veadeiros, no centro de um impasse jurídico e político. A área de 12,9 mil hectares é reivindicada pelos dois estados e hoje está sob análise do Supremo Tribunal Federal, após ação movida pela Procuradoria-Geral de Goiás.


Segundo o governo goiano, a falha ocorreu na identificação dos rios usados como referência para a divisa, o que teria deslocado indevidamente o limite territorial. A indefinição se arrasta há décadas e afeta diretamente comunidades quilombolas Kalunga, que convivem com incertezas sobre acesso a serviços básicos, documentação, infraestrutura e políticas públicas.


Nos últimos anos, a disputa ganhou novos contornos com o avanço do turismo na região. A instalação de placas pelo governo do Tocantins, obras de infraestrutura e promessas de investimentos ampliaram a tensão local e dividiram opiniões entre os moradores, que relatam vínculos históricos com Goiás, mas também maior presença recente do estado vizinho.


Enquanto Goiás pede a desocupação da área e a redefinição da divisa com base nos limites naturais originais, o Tocantins estruturou um grupo técnico para sustentar sua defesa no STF. No centro do debate jurídico, turístico e político, a comunidade segue vivendo entre dois estados, à espera de uma definição que traga segurança, clareza e responsabilidade institucional sobre quem, de fato, deve cuidar do território e das pessoas que vivem nele.

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