Cometa Lemmon poderá ser visto a olho nu no Brasil nos próximos dias

O cometa C/2025 A6 (Lemmon), descoberto em janeiro no Arizona (EUA), atingiu nesta terça-feira (21) o ponto mais próximo da Terra, cerca de 90 milhões de quilômetros, e deve permanecer visível no céu brasileiro ao longo das próximas semanas. Segundo astrônomos, o fenômeno é considerado o mais fácil de observar em 2025 e não voltará a passar pelo Sistema Solar interno antes de aproximadamente 1.300 anos.

O Lemmon vem do Cinturão de Kuiper, região além de Netuno onde se concentram corpos gelados. Ao se aproximar do Sol, os gases liberados criam uma coma luminosa e uma cauda tênue, o que permite observação a olho nu em locais com pouca poluição luminosa. No Brasil, a visibilidade deve melhorar a partir do fim de outubro, especialmente após o pôr do sol, quando o cometa ficará próximo de Mercúrio, Marte e da estrela Antares, na constelação de Escorpião.

Astrônomos recomendam observar o céu longe das luzes da cidade e, se possível, utilizar binóculos ou pequenos telescópios para destacar o brilho esverdeado característico do cometa. A expectativa é que o melhor período de observação ocorra até o início de novembro, quando o Lemmon atinge o periélio (ponto mais próximo do Sol) e seu brilho pode se intensificar.